Elaine Tedesco, produziu o texto instalação- Campo de relações, a partir da disciplina de espacialização do curso de pós- graduação : Especialização em Ensino da arte no centro universitário Feevale no ano de 2004.
O espaço onde a obra se instala cria uma série de relações, partindo do principio do espaço ser parte da obra.
Até metade do século XX, o espaço que envolve o corpo do observador não era tratado como parte da obra, até então o espaço de domínio critico e conceitual se limitava ao bidimensional..
A partir dos anos 60 vários artistas procuraram trabalhar a “experiência corporal”, a arte passou a ser a experimentada e não mais apenas vista, a experiência dos observadores faziam com que as poéticas dos artistas se modificassem.
Ao longo de 40 anos as ações que os artistas realizavam no espaço tiveram algumas nomeações, entre elas : environment (ambiente) e assemblage (ao redor de algo).
O termo ambiente foi estabelecido como uma parte da Bienal de Veneza de 1976, nessa época instalação referia-se à como uma exposição havia sido sustentada.
A diferença entre ambiente e assemblage se resume à suas dimensões, enquanto em um andamos ao redor de algo, em outro adentramos um espaço e nos movemos dentro de algo.
Os ambientes eram propostas de criação que eram compostos por objetos, peças e lugares causando assim uma interação com o público, que por sua vez utilizavam mais do que o olhar, podiam muitas vezes modificar as propostas de criação que os ambientes ofereciam.
Não existe uma informação precisa de como esses termos foram substituído pela palavra instalação.
Fernanda Junqueira, em seu texto sobre conceito de instalação, traz a informação de que nas primeiras vezes que o termo foi utilizado na América do norte na década de 60, ele servia para definir a vista geral das exposições fotográficas – instalation view.
A instalação é uma forma singular de ocupação do espaço segundo Sylviane Leprun, relacionando espaço e campo plástico, para Leprun o elo entre a instalação e o espaço constitui-se sobre a duração, estabelece também um território de pesquisa que estabelece por sua vez, relações entre as artes plásticas, a arquitetura e as ciências humanas.
Nos anos 70, o artista plástico Robert Smithson nomeou dois conceitos operacionais complementares site e nonsite, a exposição em si denomina-se site e o registro dos trabalhos nonsite.
Outro termo usado para definir relações entre lugar e obra é site-specific, ou seja um espaço específico para a obra, não podendo ser removidas sem serem destruídas, criando relações entre o objeto e os observadores através do espaço onde a obra se encontra.
Uma instalação bem sucedida controla o espaço.(Elkins, s/d, p.8)
Algumas instalações são remontadas seguindo o projeto em que foram elaboradas.
O termo instalação no campo da arte, passou a ser difundida nos anos 80 dentro da arte contemporânea.
Referências:
ELKINS, James. Instalation objects in their settings from ancient tombs to contemporary art. Poligrafo impresso na The School Art of Chicago. (s/d)
JUNQUEIRA, Fernanda, Sobre o conceito de instalação. Rio de Janeiro, Revista Gávea, n. 14,set. 1996
LEPRUM, Sylviane. Sobre maneiras de instalações. Porto Alegre: Porto Arte, v.10,1999
Nenhum comentário:
Postar um comentário