segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Academicismo no Brasil


" Em 1823, cansado de esperar pela inauguração da Academia e Escola de Belas Artes, Jean Baptiste Debret alugou uma casa no centro do Rio de Janeiro e começou a lecionar pintura.
Seus primeiros alunos tornaram-se professores da Academia, a segunda geração de alunos da Academia demonstrou o rigor acadêmico, com pouca influência do Romantismo ou Realismo, que já estava acontecendo na Europa.

Agostinho José de Mota foi o primeiro paisagista brasileiro a obter o prêmio de Viagem à Europa, concedido pela Academia (Na Academia Francesa) ganhou uma bolsa na capital italiana, onde poderia usufruir os modelos da antiguidade clássica, ao lado conferimos a obra do artista intitulada "Fábrica do Barão de Capanema."
No século XIX aconteceu a ascensão da produção do café, foi um período de prosperidade econômica, Dom Pedro II governava o Brasil nessa época.
A guerra do Paraguai, serviu para os pintores acadêmicos brasileiros como tema, a partir do qual elaboravam cenas heróicas que glorificavam o império.

Pedro Américo de Figueiredo e Melo nasceu na Paraíba e com 9anos seu talento de desenhista já teria vindo à tona.
O artista acompanhou a missão científica de um naturalista francês, ingressou na academia, recebeu de D.Pedro II patrocinio para viajar para a Europa, quando retornou ao Brasil lecionou na Academia Imperial de Belas-Artes.
Abaixo podemos conferir uma montagem contendo duas obras do artista, a primeira é intitulada " A noite acompanhada dos gênios do amor e do estudo" e a segunda temos o detalhe da obra " D. Pedro II na abertura da Assembléia Geral":






D. Pedro II na abertura da Assembléia Geral


Outro grande Artista desse período foi Victor Meirelles de Lima, o artista nasceu em 1832 na cidade de Desterro, hoje Florianópolis, e faleceu em 1903.
Foi para o Rio de Janeiro afim de estudar na Academia Imperial de Bellas Artes, onde foi aluno de Debret.
Em 1853 recebeu o prêmio de Viagem à Europa, lá tomou conhecimento dos movimentos que começavam a romper com a tradição pictórica, o Realismo e o Romantismo.
De volta ao Brasil, se tornou professor da academia, a casa onde o artista viveu tem estilo colonial e pode ser visitada em Florianópolis.
Abaixo podemos conferir o detalhe de duas obras do artista, na primeira imagem temos detalhes da obra "Moema" e abaixo dela detalhes da Obra "D. Pedro II, o Magnânimo".
( Sistema de Ensino Energia, História da Arte do Brasil)


Moema




D. Pedro II, o Magnânimo





Belle Époque no Brasil



Período que se iniciou por volta de 1880 e se estendeu até a primeira guerra mundial, em 1914. Segundo o material didático do sistema energia " a belle époque era um estado de espírito que, no Brasil, predominou entre 1889, data da proclamação da república, e 1922, ano da realização da semana de arte moderna.
A belle époque brasileira tem profundas ligações com cinco grandes exposições internacionais realizadas em Paris, que indicavam as tendências da época.

* 1855- Consagração do Romantismo
*1867- Consagração do Realismo, que havia sido rejeitado na exposição anterior, e dos pré-rafaelitas.
*1878- Impressionistas se destacaram.
*1889- Triunfo dos simbolistas.
*1900- Art Nouveau foi consagrado.



Principais artistas

Rodolfo Amoedo
Nasceu no Rio de Janeiro, foi aluno de Vitor Meirelles, com 17 anos matriculou-se na Academia de Belas Artes. Seu amor à técnica foi transmitido à seus alunos: Batista da Costa, Viscontti, Lucio de Alburquerque e Portinari. Seu tema predileto era a figura humana, mas também pintou paisagem, gênero, natureza morta e retrato.

Antônio Parreiras
Foi autor de 850 pinturas e 68 exposições individuais, ingressou na academia sendo aluno de Grimm e acompanhou seu professor quando ele se retirou da academia, passando a ter aulas ao ar livre. Pintou vários quadros históricos-documentais. Em 1925 foi eleito o mais popular pintor nacional, morreu bem sucedido e chegou a inaugurar seu próprio busto em 1927- Niterói.


Almeida Júnior
O realismo foi um estilo de pintura conservadora e um pouco superficial, que ignorou as grandes inovações do Impressionismo.
No Brasil, alguns artistas fugiram à essa regra. Entre eles podemos destacar José Ferraz de Almeida Júnior.
Mesmo tendo estudado na academia e ter ido à Europa, decidiu voltar para sua terra natal- Itu, lá retratou diversas cenas do interior, abaixo vemos a pintura intitulada "Picando Fumo".



Eliseu Viscontti
Nas produções do artista podemos ver claramente influências do Impressionismo e Neo-Impressionismo ou Pontillhismo. Pintor de figuras, cenas de gênero, paisagens e decoração, seus desenhos não possuíam contornos definidos. Abaixo podemos conferir a obra intitulada " Trigal", obra que caracteriza como uma das melhores obras do artistas.










Fonte das Imagens
Acesso- 12/01/2011



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