terça-feira, 13 de julho de 2010

Egito





Quem de nós nunca ouviu falar das múmias e das gigantescas pirâmides do Egito?. Para melhor entendermos a arte de um povo, devemos entender como nasceram, pensavam e como se comportavam enquanto grupos humanos, com esse objetivo vamos entender como os egípcios antigos agiam e pensavam.

O Egito fica localizado no nordeste do continente africano, o Nilo para muitos é rio de maior extensão do mundo, o rio nasce no coração da África, depois de percorrer mais de 6.500 quilômetros, o rio deságua no mar Mediterrâneo.

No verão, o rio nilo transborda. Quando o verão termina, o rio volta ao seu leito normal, deixando a terra muito fértil.“Os egípcios tinham até uma lenda para explicar toda essa abundância: a história de Osíris, o mais famoso rei-Sol, existindo toda uma simbologia para o dia e a noite.
O vale do Egito foi habitado pelo homem desde os tempos da pré- História, os primeiros grupos se fixaram la por volta do ano 6000 a.C.
Com o passar do tempo, os grupos que eram nômades passam a habitar a região formando clãs que eram grupos de pessoas que descendiam do mesmo antepassado.


Costumamos dividir a história do Egito Antigo em períodos que seguem a ordem abaixo:


O Antigo Reino (3500 a.C. -2180 a.C)


“Por volta do ano 3500 a.C, um chefe militar chamado Menes se proclamou faraó e conseguiu unificar os dois reinos do Egito. Foi assim que nasceu a primeira dinastia.



O Médio Reino


Por volta do ano 2100 a.C., os príncipes da cidade de Tebas conseguiram unificar o reino novamente. Nesse período, o Egito foi invadido pelos hicsos, um povo semita que veio da Arábia com cavalos e armas de ferro



O Império (1550 a.C – 1300 a.C)


Em 1500 a.C, os tebanos conseguiram expulsar os hicsos. Nesse momento se iniciou o Império. Os egípcios viveram em paz durante quatro séculos, expandido as fronteiras do império até a Siria.




O Baixo Império (1300 a.C- 525 a.C)


O último período da história do Egito é marcado pela decadência do poder. O império foi invadido várias vezes até ser conquistados pelos persas, em 525 a.C”. Logo depois o Egito foi conquistado pelos gregos e posteriormente pelos romanos, depois disso o Egito não conseguiu ter uma autonomia suficiente para continuar sendo um império.(MOTA;;LOPEZ;ALAMBERT,2000)

A sociedade egípcia era dividida em camadas e haviam muitas diferenças entre elas, essas camadas são chamadas também de castas.
“Na família egípcia o casamento entre irmãos era permitido pelos deuses, a mulher tinha alguns direitos iguais dos homens, podendo pedir divórcio e administrar seus bens por exemplo.
Dentro da sociedade egípcia, os nobres ocupavam uma posição privilegiada, pois eram parentes do faraó”. (MOTA; LOPEZ; ALAMBERT, 2000, p.22)
A função de um faraó era manter a harmonia entre os homens e os deuses, “era juiz supremo e responsável pela defesa do país. Assim o povo adorava três coisas: o rio Nilo, o sol e o faraó.
No entanto, apesar do faraó ser absoluto, ele não reinava sozinho, uma grande casta de sacerdotes o ajudava a governar dando muitos conselhos, guardavam muitos segredos das ciências, chegando a governar o país por alguns momentos.
Os militares tinham os mesmos privilégios que os nobres e tinham a função de defender o império e os escribas eram funcionários que conheciam a escrita.”(MOTA;LOPEZ;ALAMBERT,2000)
A maior parte da população era formada por mercadores, pastores e artesões.
Os lavradores eram requisitados para construir as obras públicas e cultivar terras para o faraó, quem não conseguisse pagar impostos ao faraó se tornava um escravo, estima-se que um terço da população era de escravos.
As esculturas, pinturas eram produzidas pelos artesões.
Podemos classificar a arte daquele tempo como arte sacra, ou seja estava ligada ao religioso, existia a lei da frontalidade, as pessoas mais importantes da sociedade eram retratadas de perfil, com um tratamento para cada parte do corpo diferenciado, não existia a preocupação de se trabalhar com a perspectiva.
Conforme o livro Arte Comentada da editora Ediouro “ as linguagens da pintura e escultura obedeciam padrões, as pinturas em paredes por exemplo a superfície era dividida em painéis horizontais separados por linhas, os ombros retratados eram largos, os quadris eram estreitos, os braços geralmente para os lados, e uma perna adiante da outra.
O tamanho da figura indica a posição que a pessoa ocupava dentro do governo, as estatuas eram geralmente esculpidas em granito ou diorito . Sentadas ou em pé tinham poucas partes que
pudessem se quebrar, a pose sempre era frontal com os braços próximos ao chão.” (STRICKLAND; BOSWELL,1999)
Existiam regras também para representar determinados elementos da natureza, por exemplo quando a pintura tivesse o elemento água em sua construção, deveria ser retratada com linhas ondulares devendo ser pintadas de azul ou preto.
A escrita egípcia trazia símbolos ao invés de letras, representado aquilo que era descrito, “eles usavam essa escrita nos templos e monumentos, para contarem a história de seus faraós e tudo aquilo que eles consideravam importante", também foram os inventores do papel, utilizavam o papiro que era feito a base de plantas.
As colunas egípcias serviram de inspiração para os gregos, qualquer cultura que acabava tendo contato com a essa civilização absorvia algo para si, a maquiagem por exemplo é algo que foi apropriado pelos outros povos.
O povo do Egito antigo acreditava em vida após a morte, por conta disso mumificam os faraós e pessoas importantes da sociedade no intuito de preservar os corpos para a vida futura.
O cérebro era retirado por uma das narinas, o único orgão humano que permanecia dentro do corpo era o coração, pois acreditavam que o coração era a porta da alma.
As víceras eram colocadas em jarros mortuários para conter o mal, todo aquele que violasse tais vasos sofreriam as maldições deuses.



















Recapitulando a ARTE
A arte do Egito Antigo

Egito: A Arte da imortalidade

A arte no Egito Antigo se manteve sem mudanças durante três mil anos.
“ A arquitetura e as obras- de-arte existiam para cercar o espírito do faraó de glória eterna. O Egito sustentou o primeiro estado unificado de grande porte durante três milênios.(Strickland, p.8).
A primeira monarquia antiga com a primeira dinastia fundada à 3000 anos a.C., terminou em 2155 com a sexta dinastia.
Cada homem deveria ser preparar para uma sobrevivência feliz- fruição do Ka.
O estado nasceu após a unificação dos dois reinos.
A pirâmide mais antiga dos egípcios é a Pirâmide de Zozer.
A pintura e escultura obedeciam à padrões rígidos de representações da figura humana, “representação em visão frontal do olho e dos ombros, e em perfil de cabeça, braços e pernas. Nas pinturas em paredes, a superfície é dividida em painéis horizontais separados por linhas, o tamanho da figura indica sua posição: os faraós são representados como gigantes sobressaindo entre criados do tamanho de pigmeus”.(STRICKLAND; BOSWELL, 1999)
Vale ressaltar que existe uma nova divisão quanto à história do Egito Antigo, diferente do que foi postado no contexto histórico, segue as informações abaixo:

Durante o Antigo império que alguns historiadores dizem ter acontecido de 3200 à 2300 a.C, foram construídas as pirâmides de Guizé, Quèops, Quefren e Miqueirinos.
  • drenagens e irrigação
  • agricultura
  • enfraquecimento da autoridade do faraó.

Médio Império 2100a.C à 1750 a.C
  • faraó reconquista o poder;
  • unidade política reconquistada;
  • Tebas é a nova capital;
  • invasão hicsos (asiáticos)

Novo império – 1580 a.C à 525 a.C
  • expulsão dos hicsos
  • poderio militar, período expansionista
  • Domínio chega ao rio Eufrates.

Amenófis IV substiui os deuses por Aton representado por um disco solar e se torna aquenation – uma espécie de representante do deus sendo assim o supremo sacerdote.

Tutancânom assume o poder restruturando o culto aos deuses tradicionais.

Ramsés III – 1320 à 1232 a.C
-Invasões;
-hititas- asiáticos;
- assírios – séc. VII a.C
-persas séc. VI a.C – fim da civilização;
- são dominados ainda pelos gregos e romanos;




Por volta de 3000 a.C., o império se expandiu. Durante esse período foram construídas as famosas pirâmides, que eram os túmulos de três faraós da quarta dinastia.

Os clãs se tornaram grupos cada vez maiores chamados nomos, era como se fosse um principado, no qual o príncipe era o nomarca.



No final desse período, o Egito foi invadido pelos líbios, os militares começaram a lutar uns contra os outros, esse período aproximadamente 2200 a.C e 2000 a.C., é chamado de Primeira era intermediária.

A medida que as colheitas foram se tornando cada vez mais abundantes, os nomos se juntaram e formaram dois reinos: o reino do Alto Egito e o reino do Baixo Egito. Finalmente, os dois reinos formaram um reino unificado e governado por um rei, o Faraó”. (MOTA;;LOPEZ;ALAMBERT,2000)

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