A semana de arte moderna, trouxe inovações, como a valorização do nacionalismo, a busca do homem brasileiro, do homem popular, em suas manifestações místicas e festivas, no trabalho, na expressão de sua sensualidade e sua miséria entre outros temas.
Inova-se também do ponto de vista formal, afastando-se dos valores acadêmicos e incorporando valores das vanguardas européias: o impressionismo, o Cubismo, o Expressionismo.
Alguns artistas não participaram da Semana de 22, mas são considerados modernos.
Conheça mais de alguns artistas que marcaram a afirmação do Modernismo no Brasil.
Tarsila do Amaral
Nasceu no estado de São Paulo, na cidade de Capivari em 1886 e morreu na
capital do mesmo estado em 1973.
Seu pai era fazendeiro, viveu cercada de produtos franceses, dizem que até a água que bebia era importada da França.
Estudou em Barcelona, na Espanha, e entre os anos de 1906 e 1935, fez viagens regulares à Europa.
Estudou escultura e depois pintura com Pedro Alexandrino. Na frança, estudou na Academia Julien, em 1920, e depois, em 1923, estudou com os cubistas André Lhote, Fernand Léger e Albert Gleizes.
A obra que inaugurou o Modernismo em Tarsila foi "A Negra", de 1923. Quando voltou ao Brasil, depois de uma de suas estadas na Europa, em 1922, integrou-se ao quadro modernista por intermédio de Anita Malfatti, formando o grupo dos Cinco: Tarsila, Anita, Menotti de Piccia, Mário de Andrade e Oswald de Andrade.
Casou-se com Oswald de Andrade, na Europa o casal conheceu Picasso, De Chirico, Brancusi, André Breton e o poeta Blaise Cendrars. Em 1924, com Blaise Cendrars e Oswald, viajou para o interior de Minas Gerais, onde redescobriu as cores da Infência.
Essa experiência deu origem à fase Pau-Brasil, onde se vêem as cores "caipiras" e a influência da obra de Léger. Depois da fase Pau-Brasil, veio a antropófágica, inaugurada por "Abaporu", de 1928, depois de 1930, separada de Oswald e com problemas financeiros, Tarsila foi à União Soviética, e depois produziu dois quadros importantes como forte temática social: "Operários" e "Segunda Classe".
Abaixo podemos conferir três obras da artista, a esquerda vemos a imagem da obra intitulada "A negra" (1923) e a esquerda vemos a imagem da obra intitulada: "Abaporu" (1928) e a abaixo delas, vemos uma imagem da obra intitulada "Antropofagia".
"A Negra"(1923), já contém algumas das características que marcam a grande obra da pintora, "Abaporu"(1928) marca o início da fase antropofágica, com base nessa obra Oswald de Andrade desenvolveu a teoria que daria origem ao movimento antropofágico na literatura modernista.
Oswaldo Goeldi
Nasceu em 1895, passou os primeiros anos de sua infância em Bélem do Pará, aos seis anos de idade seguiu com a família para a Suiça. Em 1915 ingressou na Escola Politécnica em Zurique, e por essa época começou a desenhar. Após a morte do pai, em 1917, abandonou o urso politécnico e, durante seis meses, frequentou a Escola de Artes e Ofícios. Teve contato com a obra do expressionista Alfred Kubin. Em 1919 voltou definitivamente para o Rio de Janeiro. Fez uma exposição no Liceu de Artes e Ofícios, que não teve boa acolhida por parte dos críticos, mas rendeu-lhe a amizade de Di Cavalcanti, Ronald de Carvalho e Manuel Bandeira. Participou da Semana de 22, mas foi só em 1924 que ele aprendeu a linguagem na qual se expressou melhor- a gravura.
Produziu álbuns de gravuras e ilustrou vários livros. Podemos perceber em sua obra a influência de Kubin, Gauguin e Edward Munch.
O cotidiano carioca serviu de inspiração para a temática de vários trabalhos, suas formas são expressivas, faleceu em 1961, no Rio de Janeiro.
"Crepúsculo", de Oswaldo Goeldi.
As recordações da infância na Amazônia e os pequenos detalhes do cotidiano carioca alimentam a obra do autor, que fez d0s peixes e dos pescadores, da chuva e das ruas desertas seus temas prediletos.
"Pescadores" (1950)- Oswaldo Goeldi
Cândido Portinari
Nasceu no inteLucílio de Alburrior de São Paulo, desde a infância teve inclinação para o desenho.
Em 1912 trabalhou com alguns artesãos que restauravam a decoração da igreja de sua cidade natal.
Nessa época, largou os estudos e seguiu para o Rio de Janeiro, voltou por conta das dificuldades financeiras pela qual estava passando.
Trabalhou numa ferraria, na qual pintava carroças.
Aos 17 anos retornou ao Rio, matriculando-se na Escola Nacional de Belas-Artes, onde teve aulas com Albuquerque, Rodolfo Amoedo e Batista da Costa, todos de orientação conservadora.
Em 1928, conquistou o Prêmio de Viagem ao Esterior e viveu durante dois anos na Europa, sem preocupações financeiras, viajando, estudando, conhecendo os movimentos contemporâneos e as telas dos grandes mestres renascentistas. Giotto, Masaccio, Piero della Francesca, Uccello e Mantegna foram os artistas que mais o impressionaram. Nesse tempo em que esteve fora, produziu apenas três quadros.
Participou do Salão de 1931, a convite de Lúcio Costa, então diretor a Escola Nacional de Bellas-Artes.
Em 1933 voltou para o interior de São Paulo, onde realizou sua primeira experiência com pintura mural, na sala de jantar de seu pai.
CANDIDO PORTINARI, Retirantes (Retirantes), 1944
Óleo s/ tela 190 x 180 cm.
Col. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand São Paulo, Brasil
Alberto da Veiga Guignard
Ainda na sua adolescência, seguiu com seus pais para Florença e Munique, onde foi influenciado pelo expressionismo alemão. Em 1929 voltou ao Rio de Janeiro onde lecionou na Universidade do Distrito Federal.
Em 1944, Juscelino Kubitscheck, então prefeito de Belo Horizonte, convidou Guignard a fundar uma escola de arte, a Escolinha do Parque ou Escola Guignard, núcleo de toda uma geração de artistas mineiros. Morreu em Ouro Preto, cidade que retratou em seus trabalhos inúmeras vezes.
Destacou-se sobretudo como paisagista e por suas visitas das cidades mineiras.
"Parque Municipal"- Alberto da Veiga Guignard
Ismael Nery
Era pintor, mas acima de tudo se considerava um poeta e filósofo, tendo ele mesmo esboçado um sistema filosófico de inspiração católica, o essencialismo.
Nasceu em Belém do Pará, em 1900, e esteve na Europa entre 11920 e 1921. Depois, em 1927, aproximou-se dos surrealistas e de Chagall, de quem se tornou amigo. Em 1930 contraiu tubercolose, e em 1934, faleceu.
A figura humana foi sua preocupação principal. Aparecem em suas obras imagens que se fundem ou confundem, formas que se decompõe ou que se multiplicam, seres híbridos masculinos e femininos.
Ao lado podemos conferir um auto-retrato de Ismael Nery, aqui podemos conferir um ser com características femininas e masculinas em um único ser.
Bruno Giorgi
Escultor paulista, nascido em 1905, iniciou seus estudos em Roma, para onde foi com a família. Mais tarde, foi estudar em Paris, com Aristide Maillol. Voltou ao Brasil em 1939, onde participou da confecção de vários monumentos e bustos. Utilizou materiais como o bronze e o mármore branco. Expressou-se em linguagem figurativa e abstrata.
Abaixo podemos conferir duas obras do artista, a obra da esquerda chama-se "Meteoro" e foi produzida em 1967 e a obra da direita chama-se: " Os guerreiros" e foi produzida em 1959 (uma das obras que o artista realizou em Brasília, DF.
Fonte das Imagens:
http://www.flickr.com/photos/27096235@N05/3880610441/
http://artealbertodemoraes.blogspot.com/2010/05/abaporu-volta-ao-brasil-mas-so.html
http://www.coresprimarias.com.br/ed_7/conexoes_p.php
http://www.centrovirtualgoeldi.com/paginas.aspx?Menu=obras_interior&opcao=F&IDItem=287
http://cheirinhocafe.blogspot.com/2010_08_01_archive.html
http://blogs.abril.com.br/ederson/2009/11/as-paisagens.html
http://marciofo.blogspot.com/2009/09/ismael-nery.html
http://osfundamentosdafisica.blogspot.com/2010_11_01_archive.html
http://www.flickr.com/photos/carollinden/2251881076/
Acesso- 19/01/2011
Estou adorando seu blog...parabéns e boas energias.
ResponderExcluirAndrei...
ResponderExcluirAdorei seu blog, parabéns!
Bjos.
🧡💜💖
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