segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Século XIX no Brasil


O século XIX foi marcado por muitos acontecimentos históricos, entre eles podemos destacar a revolução Francesa de 1789 que como vimos anteriormente estabeleceu novos ideais: liberdade, igualdade e fraternidade.
"A coroa portuguesa tentou coibir ao máximo os reflexos da revolução na colônia, no entanto os ideais revolucionários chegaram à colônia e uma das consequências foia inconfidência mineira.
Portugal não conseguia sanear suas finanças e pressionava a Colônia, aumentando impostos.
Em 1804 Napoleão foi coroado imperador dos franceses, um ano após empreendeu uma série de campanhas destinadas a estender seu domínio na Europa.
Conquistou a Áustria, Alemanha, Itália, Holanda, Prússia Oriental, Polônia e a Espanha, contra a Inglaterra decidiu tomar medidas que arruinaram o país economicamente entre elas o bloqueio continental.
Em 1807 mandou invadir Portugal, foi então que a Corte portuguesa se mudou para o Brasil.
Uma das primeiras ações executadas por Dom João VI ao chegar no Brasil foi abrir os portos para as nações amigas.
O rei provocou toda uma remodelação da sociedade, fundou o banco do Brasil em 1808, criou o jardim Botânico, concedeu terras férteis a estrangeiros, acolheu cientistas estrangeiros e permitiu que realizassem expedições para o interior entre muitas outras coisas.
Em 1815 o rei resolveu contratar um grupo de artistas que iriam compor o corpo docente da Escola Real das Ciências, Artes e Ofícios."(Sistema de Ensino Energia,História da Arte Brasileira,p.16)

Missão Francesa
(Anotações feitas durante a aula de história da arte brasileira do dia 10/11/2010)

A missão Francesa chega no Rio de Janeiro em 26/03/1816, a missão era composta por vários artistas, entre eles estavam Jean Batiste Debre (pintor), Nicolas Taunay (paisagista), Auguste Marie Taunay (escultor), entre muitos outros artistas.
A missão foi liderada por Joachim Lebreton que era secretário recém destituído do Instituto de France.
O objetivo da missão era fundar a primeira academia de arte do Reino Unido de Portugal, nesse momento acontecia o auge do neoclássico na França, Debret foi aluno de David.
O rei Dom João VI optou em trazer artistas da França por serem considerados artistas de ponta desse período.
Ainda em 1816 sai o primeiro decreto da Escola Real de Ciências, Artes e Ofício com pensão aos artistas durante seis anos.
Em 1820 sai um novo decreto onde institui a Academia Real de desenhos, pintura e arquitetura
cívil, nove anos mais tarde houve um novo decreto onde a escola passa a ter um fim artístico somente e passa a se chamar Academia e Escola Real, durante todo esse período burocrático, Debret aceita encomendas dos oficiais para produzir algumas pinturas.
Em 1891 a academia passa a se chamar Academia Imperial de Belas Artes, Debret foi um dos artistas mais importantes, em suas obras sempre mantinha a preocupação em retratar o comportamento social do Brasil e também retratos, abaixo podemos conferir a obra "Escravo sendo Açoitado" de Jean Baptiste Debret.



"Escravo sendo Açoitado" de Jean Baptiste Debret


"O arquiteto Grandjean de Montigny dedicou-se, no Brasil, a diversos projetos arquitetônicos oficiais e particulares e também algumas obras de decoração no Rio de Janeiro, produziu uma arquitetura de características neoclássicas, menosprezando os elementos formais do barroco e rococó.
Abaixo podemos conferir uma imagem do Pórtico do prédio da Academia de Belas-Artes que foi construído em 1826, projetado pelo arquiteto e que se encontra no Rio de Janeiro.

Pórtico do prédio da Academia de Belas-Artes- RJ

A vinda da missão Francesa pode ser analisada, de um ponto critico, como colonialismo cultural, pela imposição de um tipo de arte alheio à realidade local ao contrário do Barroco, que se adaptou às condições aqui existentes.
A presença da Corte fez do Rio de Janeiro um local de origem de novas formas de construir, com as quais surgiram novas técnicas construtivas, especialmente o uso de alvenaria e tijolos.




Fonte das Imagens
Acesso- 12/01/2011



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