Na década de 60, os brasileiros presenciaram a inauguração de Brasília, a renuncia de Jânio Quadros, a volta do presidencialismo e o golpe militar em 1964 que destituiu João Goulart do Cargo.
O regime militar começa a perseguir líderes sindicalistas e estudantis que apoiavam o presidente deposto, dos quais eram torturados e até mesmo mortos.
As manifestações artísticas passam a ser sensuradas, muitos artistas passam a optar pelo exílio ou ao silêncio.
Surge então o cinema novo, cujo o principal diretor foi Glauber Roch, que obteve reconhecimento internacional ao ser premiado durante o Festival de Cannes, em 1967, com o filme "Terra em Transe".
O grupo que se consolidava seguia uma norma: uma câmara na mão, uma ideia na cabeça, e seus membros realizavam experiências inovadoras.
Em 1965 surge o programa Jovem Guarda, com os apresentadores Roberto e Erasmo Carlos e Wanderléia, que logo viraram marca de produtos no mercado.
A arte brasileira, nos anos 60 surgiu em meio a esse contexto. Se nos anos 50 vimos uma arte onde predominava o abstracionismo, os anos 60 presenciariam a volta à figuração.
Isso não se delimitou ao Brasil, essa tendência ecoou também na Europa e Estados Unidos.
A Pop Art influenciou em muito a arte brasileira.
Movimento que surgiu no final dos anos 50 e começo dos anos 60, primeiramente na Inglaterra e posteriormente nos Estados Unidos.
Arte Pop é uma referência à arte popular, em especial à produção em massa, incluindo propagandas e meios de comunicação.
Um dos artistas deste movimento foi Andy Warhol que usou a linguagem da serigrafia para produzir inúmeros trabalhos artísticos.
Outro artista deste movimento que podemos destacar foi Roy Lichtenstein que por sua vez, produziu grandes trabalhos utilizando a linguagem da pintura baseada em revistas em quadrinhos.
Os símbolos americanos e a incorporação de objetos do cotidiano foram utilizados pelos artistas Johns e Robert Rauschenberg em suas pinturas.
A arte figurativa dos anos 60 não era uma simples representação do que o artista via, mas expressiva, era transformada pelo significado proposto pelo artista, sua atitude era crítica e polêmica.
O artista brasileiro dos anos 60, tinha sua arte refletida na realidade social do País, muitas vezes com fatos políticos do período, seu papel era o de um revolucionário consciente.
Para alguns historiadores, a arte desse período desenvolveu-se em resposta ao golpe militar; uma figura muito importante desse período foi Wesley Duke Lee.
Em suas obras vemos a influência de sua formação em comunicação social o universo mitológico proposto pelo artista, onde existe um misto de passado e presente.
O artista usou técnicas variadas tais como: têmpera, aquarela, pintura e colagens, foi Duke que introduziu a linguagem pop no Brasil.
A baixo podemos conferir a obra "Birgitta Pensando" que é uma tela óleo com colagens.
"Bírgitta Pensando", Wesley Lee- 1966
Outro artista desse período que podemos destacar é José Roberto Aguilar que produziu obras que contemplavam o caráter fantástico e grotesco.
Foi pioneiro do grafite ao usar a tinta spray, por volta de 1965, depois usou a pintura com pistola e até um maçarico sobre uma chapa de alumínio. Na série "Futebol n º 1 ", esguichou tinta sobre o rosto dos bicampeões mundiais de futebol como forma de crítica por conta da política que favorecia o regime militar.
Abaixo podemos conferir o detalhe da obra descrita acima.
Série do Futebol (1), 1966
spray s/ tela
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Waldemar Cordeiro- Artista importante do Concretismo paulista nos anos 50, na década de 60 propôs uma arte de participação do espectador.
Incorporou objetos do cotidiano em suas obras como espelhos e madeira pintada. Sua arte não representava, ela apresentava.
Não haviam métodos, nem processos formais para representação das coisas.
A pesquisa do artista convergiu com a do poeta Augusto de Campos, que ao ver suas obras chamou-as de "popcretos".
Algumas grandes exposições marcaram a produção desse período, incluindo a participação de artistas estrangeiros.
Hélio Oiticica escreveu o Esquema geral da nova objetividade, no qual ressaltou princípios da vanguarda da época.
Grupo Rex
O grupo Rex era formado pelos artistas Wesley Duke Lee e seus ex-alunos Carlos Fajardo, José Resende, Frederico Nasser, além de Waldemar Cordeiro e Nelson Leimer.
Criaram a Rex Gallery and Sons e a publicação Rex Time.
A realidade urbana e industrializadas podem ser vistas nitidamente nas obras do grupo, Leirner incorporou a ironia e o sacarmos em sua arte, o público em geral passa a não conseguir distinguir com certeza se determinadas obras estão dentro de apenas uma linguagem como: desenho, pintura ou escultura.
Abaixo podemos ver a obra "Porco empalhado", de Nelson Leiner.
"Porco empalhado" (1966), de Nelson Leiner
No Rio de Janeiro, podemos mencionar os trabalhos de Antônio Dias, Carlos Vergara, Rubens Gerchman e Anna Maria Maiolino.
Acima -do lado esquerdo vemos uma imagem da obra "Lindonéia e Gioconda do subúrbio", de Rubens Gerchman e a esquerda vemos a obra " Glu-Glu-Glu", de Anna Maria Maiolino.
Fonte das imagens:
Texto Base como Referência: História da Arte no Brasil- Sistema de Ensino Energia
Acesso- 11/04/2011
Sou fascinada por esse mundo!!!
ResponderExcluirfodase
Excluirp-auno seucu
Excluirgostei!
ResponderExcluirmuito bom k3
ResponderExcluirnão gostei
ResponderExcluirboa informação, mas errou demais a Língua Portuguesa. Isso não deveria ocorrer.
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