domingo, 21 de agosto de 2011

Fichamento texto: História Social da Literatura e da Arte

Este trabalho tem como objetivo o fichamento do texto: História Social da Literatura e da Arte do Autor Arnold Hauser e faz parte da disciplina de história da arte ocidental.

A pré história é dividida em dois períodos: Paleolítico e Neolítico.

Esses dois períodos são conhecidos como: A idade da pedra lascada ( período Paleolítico) e idade da pedra polida ( período neolítico).

O período Paleolitico no campo da arte é marcado por produções de característica naturalista, alguns pensadores tratam esse período como a arte arcaica, os elementos que caracterizam esse tempo são frontalidade, falta de perspectiva e de profundidade, a natureza e a vida eram retratadas nas produções artísticas. O “artista” paleolítico pintava apenas aquilo que via, quando pintava um animal na rocha produzia um animal real.

Os desenhos produzidos nas cavernas do período paleotico são fiéis à forma e tamanho dos animais retratados, permite traduzir aspectos vividos pelos homens desse tempo, o homem era nômade, ou seja não tinha um lugar fixo para morar, não tinha a cultura de armazenar alimentos, podemos dizer que o homem tinha um único objetivo: satisfazer sua fome.

Nesse tempo não existia a ideia de religiosidade e muito menos se pensava em vida após a morte.

A primeira mudança estilística no campo da arte aconteceu entre a mudança do período Paleolítico para o Neolítico, que por sinal levou alguns milhares de anos para acontecer.

O naturalismo retratado nos desenhos cedeu à uma estilização estritamente geométrica criando “símbolos”em lugar de reproduções fiéis do objeto, nasce a diferença entre o original e a cópia.

A figura humana humana por exemplo passa a ser representada por meio de retas verticais para o corpo e duas semicircunferências, uma voltada para cima e outra para baixo para os braços e pernas.

O homem é caracterizado pela adição do “apêndice” sexual, a mulher por duas semi-esferas representando os seios.

No período neolítico nasce a ideia de se cultivar alimentos, domesticação de animais e o cultivo de plantas. Com a pecuária e agricultura, o homem passa de dependente da natureza, à dominador da mesma.

O apego do homem ao seu lar determina um estilo de vida completamente diferente da existência aleatória , instável e predadora do homem paleolítico.

A busca individual de alimentos passa para uma economia de grupo onde todos tinham interesses e tarefas comuns.

Só quando começou a criar gado e plantas, o homem começou a admitir que o seu destino era dirigido por forças sobrenaturais que determinavam o destino humano, nascendo assim a concepção de demônios e espíritos que eram bons ou ruins e que distribuíam bençãos ou maldições.

Surge a necessidade de ídolos, amuletos, símbolos sagrados, cerimônias fúnebres e monumentos funerários.

A arte desse período é tratada como representação religiosa e também como ornamentação secular, ou seja ao mesmo tempo que nos deparamos com relíquias de ídolos e de uma arte sepulcral, nos deparamos com cerâmicas seculares com formas decorativas.

Os ritos fúnebres revelam que o homem começa a encarar a alma como algo separado de nosso corpo, o animismo que caracterizava essa época era dividido entre realidade e supra realidade, tratava de um mundo visível (corpo) e um mundo invisível que era habitado pelos espíritos.

Tendia á abstração, os desenhos representavam tanto um mundo real e temporal como um mundo que viria. Este é o motivo principal para a estilização dos homens e animais retratados nos desenhos.

A obra de arte deixa de ser a representação pura de objetos materiais e converte-se em traduções de ideias.

A sensibilidade do homem neolítico diminuiu, pois o camponês não necessitava de sentidos apurados que o homem caçador paleolítico deveria possuir caso quisesse sobreviver.

O homem paleolitico tinha características de um bom observador, tinha que ser capaz de reconhecer animais, suas características, habitats e migrações a partir de simples vestígios, ou simples olfato.

A evolução do estilo naturalista paleolítico para o geometrismo neolítico não se efetuou sem fases intermediárias, Henri Breuill considera que os contornos em evidência caracteriza o final da evolução paleolítica, representa o primeiro passo na transição efetiva para o geometrismo da época neolítica.

Os desenhos passam a ser produzidos de formas descuidadas com uma abstração cada vez mais acentuada.

Com a diferenciação da arte em sagrada e profana, a atividade artística passou provavelmente para mãos de dois grupos distintos.

As tarefas da arte sepulcral e da escultura dos ídolos, assim como a execução de danças eram atribuídas totalmente ao homem sobretudo aos mágicos e sacerdotes, a arte profana que era simplesmente decorativa ficou a cargo das mulheres e devendo fazer parte de suas atividades domésticas.

A divisão funcional ocorre entre sexos e não entre classes profissionais, a arte começa a ser apenas uma forma de passatempo, a arte neolítica trás consigo a marca de “arte camponesa”, não constitui porém, uma “arte popular” ou “folclórica”, como a arte camponesa de nossos dias, pois não podem ser consideradas como tal porque ainda não existe a ideia de divisões de classes.

Os trabalhos manuais que mais tarde serão tratados como inferior, são tratados de forma honrosa pelo menos quando executados pela mulher no seu lar.

É evidente que quanto maior o período estudado, maior será a complexidade

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